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CÂNCER: DO DIAGNÓSTICO À CURA

Texto por: Mônica da Silva Lima.

    Diversos pesquisadores descrevem que o câncer é causado, em todos ou quase todos os casos, por mutação, ou por alguma outra forma de ativação anormal de genes celulares do crescimento e das mitoses celulares. Esses genes anormais são chamados de oncogenes. A probabilidade de mutações pode ser aumentada por muitas vezes quando a pessoa é exposta a certos fatores químicos, físicos ou biológicos, incluindo os seguintes: radiação ionizante, raios x, luz ultravioleta; substâncias químicas, como: corante de anilina, fumaça de cigarro, agrotóxicos dentre outros que são denominados carcinogênicos; irritantes físicos, como a abrasão continuada do revestimento do trato intestinal por alguns alimentos; forte tendência hereditária para o câncer. Faz parte do saber científico que o crescimento celular se dá em resposta às necessidades especificas do corpo, sendo um processo que segue normas rígidas, envolvendo o aumento da massa celular a duplicação do ácido desoxirribonucleico (ADN) e a divisão física da célula mãe em duas células filhas idênticas, pelo processo de mitose. Estes eventos se processam através de fases conhecidas como, G1-S-G2-M, que compõem o ciclo celular. Assim sendo, o câncer é um processo patológico que começa quando uma célula é transformada por mutação genética do DNA celular, essa célula normal forma um clone e começam a se proliferar de maneira anormal, essas células adquirem características invasivas, podendo infiltrar tecidos circunvizinhos e ganhar acesso aos vasos linfáticos e sanguíneos, que as levam até outros lugares do corpo, este fenômeno se chama metástase (disseminação para outras áreas do corpo).

    Menciona-se que o avanço técnico científico, e a vida da atualidade ajudam com as modificações celulares, apesar do câncer ser uma doença antiga, ainda não se sabe a causa específica, o que se sabe, é que existem fatores que estão associados a um risco aumentado de se desenvolver o câncer. Os fatores considerados de risco incluem: hábitos de vida (fumo, alimentação, sedentarismo), menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade, idade avançada, obesidade, ciclos menstruais irregulares, parentes de primeiro grau com história de câncer e anormalidades histológicas anteriores. Atualmente diante dos progressos obtidos pela ciência para tratamento do câncer se dá através de um processo de múltiplas etapas, cuja terapêutica consiste em: cirurgia, radioterapia, tratamento sistêmico (quimioterapia e hormonioterapia) e reabilitação. O tratamento para o câncer irá depender do quanto este câncer já evoluiu, geralmente o que mais se usa é a combinação entre cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia.

     Infelizmente o diagnóstico de câncer gera profundo estresse emocional na vida do indivíduo, aliado ao tratamento que tem um caráter traumatizante, gerando sintomas de depressão e ansiedade. A partir do momento em que o paciente descobre o câncer, inicia-se um processo interno de dúvidas e incertezas. Havendo a confirmação da presença de um tumor maligno, o paciente passará por várias fases de conflito interno, que oscilam desde a negação da doença até a aceitação da existência do tumor. O paciente que se confronta com o diagnóstico de câncer reage com medo, pavor e ansiedade. Em vista das reações emocionais comumente avassaladoras ao diagnóstico, o paciente deve ter tempo para absorver o significado do diagnóstico e qualquer informação que a ajudará a decidir seu tratamento. Estas alterações são decorrentes do impacto psicossocial pelo qual o paciente e seus familiares passam esses não deverão ser desprezados, pois é neste momento que se inicia uma etapa definitiva para seu tratamento.

     Desta forma, é unânime a opinião dos pesquisados sobre a família manter-se unida neste momento, sendo uma condição que possibilita recarregar suas forças para continuar sendo uma família, por isso o apoio dado pela família repercute grandemente na recuperação e na efetividade do tratamento. A família representa força, ânimo e o apoio que precisam para prosseguir o tratamento, pode-se afirmar que a união em torno do paciente assegura os laços familiares e ajuda a não desistir, despertando coragem diante da cura, tornando-se assim um dos contribuintes na recuperação.

Sobre o autor: Mônica é bióloga, graduada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, É Docente, palestrante, especialista em Oncologia Multiprofissional e pesquisadora em Terapia Antitumoral. Instagram: @limamonica.bri

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